17 de junho de 2021 – Apresentação do Estudo “Valorização do Desempenho do Farmacêutico Hospitalar”

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) apresentou no dia 17 de junho (quinta-feira), os resultados do estudo "Valorização do Desempenho do Farmacêutico Hospitalar", realizado pela Nova SBE - School of Business and Economics para a OF, com o apoio da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH).



A Ordem dos Farmacêuticos (OF) apresentou no dia 17 de junho (quinta-feira), os resultados do estudo "Valorização do Desempenho do Farmacêutico Hospitalar", realizado pela Nova SBE - School of Business and Economics para a OF, com o apoio da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares (APFH).

A cerimónia contou com as presenças de S. Exa. a Senhora Ministra da Saúde, Doutora Marta Temido, do Presidente da Administração Central do Sistema de Saúde, Dr. Victor Herdeiro, e de uma das mais ilustres farmacêuticas hospitalares portugueses, a Dra. Odete Isabel, além da Senhora Bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Professora Doutora Ana Paula Martins.

Fig. 1 – Sessão de Abertura

 

De forma entusiástica, a Dra. Odete Isabel deu início à Sessão de Abertura, apresentando uma resenha histórica da profissão e destacando o papel do Farmacêutico no hospital, sem deixar esquecer que “nesta casa quem manda é o doente”. Presidente da APFH em três mandatos consecutivos, a Dra. Odete Isabel orgulha-se de ser uma das fundadoras da APFH “A obra aí está, bem viva. Que as novas gerações futuras a saibam honrar”.

Fig. 2 – Dra. Catarina da Luz Oliveira (Presidente Assembleia Geral APFH); Dra. Carla Mendes Campos (Presidente Direção APFH); Dra. Odete Isabel (Sócia Honorária fundadora APFH)

 

Nesta cerimónia foram recordadas individualidades que impulsionaram a profissão ao longo dos últimos anos, quer a nível jurídico, quer a nível científico, nomeadamente o Professor Doutor Aranda da Silva, o Professor Doutor Aluísio Marques Leal e a Dra. Maria Manuela Luz Clara. A título póstumo, a querida Presidente da APFH, Dra. Maria Manuela Luz Clara, foi homenageada pela Ordem dos Farmacêuticos pelo trabalho desenvolvido e ensinamentos partilhados.

Foi também distinguido o mérito, dedicação e ação extraordinária da Professora Doutora Fátima Falcão na valorização da atividade farmacêutica, sendo-lhe atribuída a Medalha de Honra da Ordem dos Farmacêuticos.

Fig. 3 – Dra. Helena Farinha, Dra. Carla Mendes Campos, Professora Doutora Fátima Falcão, Dra. Catarina da Luz Oliveira, Dra. Odete Isabel

 

O Coordenador do Estudo, Professor Doutor João Marques Gomes apresentou de forma sucinta a organização e resultados do mesmo, concluindo-se que:

  1. Os farmacêuticos hospitalares são atores absolutamente essenciais no funcionamento da complexa estrutura hospitalar;
  2. A pluralidade e a especificidade das suas funções, deixa claro que a profissão tem atribuições muito próprias;
  3. O papel determinante na qualidade dos serviços de saúde tem reflexos no resultados de saúde dos doentes e nos custos;
  4. As responsabilidades da farmácia hospitalar têm evoluído e o leque das funções do farmacêutico hospitalar têm-se expandido, sendo as intervenções orientadas para o doente e para os resultados;
  5. A intervenção e envolvimento do farmacêutico hospitalar nas atividades clínicas permite prevenir erros de medicação, promover a adesão à terapêutica e obter poupanças;
  6. Existe reconhecimento dos médicos do papel e intervenção dos farmacêuticos hospitalares;
  7. Os médicos pretendem que o farmacêutico hospitalar assuma um papel crescente na área clínica, saindo mais dos serviços farmacêuticos e estando mais próximo da equipa de saúde, integrando-se nela, e desenvolvendo um papel mais ativo em algumas das áreas do hospital;
  8. Os diretores dos serviços farmacêuticos também partilham a perspetiva de que o futuro da profissão são as atividades da farmácia clínica;
  9. A maioria do tempo ainda é dedicado à distribuição de medicamentos, um cenário que precisa ainda de ser ajustado por um imperativo de qualidade assistencial e de sustentabilidade do SNS.
  10. É necessário ter mais farmacêuticos hospitalares dedicados às atividades de carácter clínico, com disponibilidade para a participação em visitas médicas e integração nas equipas de saúde;
  11. Os diretores de serviços farmacêuticos reconhecem que a evolução das suas funções depende da forma como se demonstra o valor acrescentado;

O Estudo da “Valorização do Desempenho do Farmacêutico Hospitalar” poderá, segundo o autor do estudo, servir de base para futuras discussões de pagamentos com base no valor que o Farmacêutico Hospitalar acrescenta. Nesta lógica, será possível delinear esquemas de pagamento à Farmácia Hospitalar que a bonifique, no seu todo, pela superação de determinados indicadores, com base no desempenho.

Na apresentação do estudo, a Senhora Ministra da Saúde sublinhou o papel dos Farmacêuticos Hospitalares: “Dos farmacêuticos hospitalares podemos esperar competência e inovação, mas também seriedade, rigor e exigência” e destacou que “Ter um farmacêutico hospitalar é como ter um medicamento seguro e de qualidade”.

A Dra. Carla Mendes Campos, Presidente da APFH, referiu que “este estudo veio preencher uma lacuna que existia em relação ao estado da atividade do Farmacêutico Hospitalar em Portugal. Veio realçar a importância da presença do Farmacêutico Hospitalar em todas as Unidades Hospitalares, destacando, igualmente, que a Carreira Farmacêutica é imprescindível para a sua atividade, que deverá ter como base a residência farmacêutica.” Reforçou ainda que “veio reforçar a importância da sua maior e efetiva integração nas equipas clínicas, pois sendo o maior conhecedor do medicamento, a sua intervenção tem mostrado vantagens na otimização e monitorização da utilização desta tecnologia em todas as suas vertentes, junto dos diferentes elementos da equipa clínica, numa interdisciplinaridade, motivando sempre para a partilha de conhecimentos.”

Fig.4 – Dra. Carla Mendes Campos, Presidente da APFH

 

A cerimónia poderá ser revista no seguinte link:
👉 https://www.youtube.com/watch?v=eSygJbgxnyk