49ª Assembleia Geral da EAHP - Desafios futuros dos farmacêuticos hospitalares

A EAHP é uma Associação fundada em 1972 que representa os Farmacêuticos Hospitalares a nível europeu. Reúne anualmente em Assembleia Geral as organizações nacionais dos 35 países membros, focando o desenvolvimento da profissão da Farmácia Hospitalar, de forma a garantir a melhoria contínua dos cuidados e resultados obtidos em ambiente hospitalar. Este objetivo primordial é atingido através da investigação, educação, prática e partilha das melhores práticas e responsabilidades com outros profissionais de saúde.



Entre os dias 13 e 16 de junho, os membros da Associação Europeia de Farmacêuticos Hospitalares (EAHP) reuniram-se na Assembleia Geral anual em Edimburgo, Reino Unido, para discutir tópicos políticos atuais, bem como o futuro desenvolvimento da Associação. Foram fornecidas aos delegados das associações membros presentes atualizações sobre atividades e políticas em desenvolvimento que incluíram, por exemplo, a implementação da Diretiva sobre Medicamentos Falsificados e as eleições para o Parlamento Europeu.

DISCUSSÃO SOBRE OS VÁRIOS DESAFIOS FUTUROS DOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES

As discussões focaram-se em dois tópicos :

 A motivação primordial para criar o CTF para a especialização em Farmácia Hospitalar é a melhoria da qualidade, segurança e equidade de acesso aos cuidados prestados aos doentes em todos os países europeus. O CTF é importante para a EAHP e seus membros, no sentido em que a sua aplicabilidade se traduz em benefício para o doente devido à melhoria da mobilidade laboral, ao facto de ser uma referência para todos os países europeus e uma ferramenta estratégica para a concretização das Declarações Europeias de Farmácia Hospitalar.

ELEIÇÃO DE TJALLING VAN DER SCHORS COMO NOVO MEMBRO DO CONSELHO DA EAHP

A Assembleia Geral votou na adoção de 2 posições e elegeu 1 novo membro do Conselho. Tjalling van der Schorsfoi eleito Diretor do Desenvolvimento Profissional. Tjalling foi Presidente da Associação Holandesa de Farmacêuticos Hospitalares (NVZA) e trabalha atualmente como farmacêutico hospitalar no hospital de Dijklander, Holanda.

A inclusão de um novo membro do Conselho representou também a hora de dizer adeus ao Professor Dr. Kees Neef, que contribuiu para o desenvolvimento contínuo da profissão, atuando como Diretor da Educação, Ciência e Investigação da EAHP e Presidente do Comité Científico (atualmente presidido por Thomas De Rijdt, Bélgica).

REVISÃO DA POSIÇÃO DA EAHP RELATIVA À ESCASSEZ DE MEDICAMENTOS

À luz dos resultados do Inquérito de 2018 relativo à escassez de medicamentos, foi adotada uma posição com medidas a adotar a nível nacional e europeu. A posição exige um envolvimento global e aconselha a avaliação da adequabilidade dos sistemas de gestão e medidas de escassez por parte dos governos nacionais, de forma a corrigir as ruturas onde e quando necessário. Os governos e organizações de saúde deverão ser munidos de pessoal adequado de forma a reduzir o impacto da escassez nos serviços gerais fornecidos aos doentes pelos farmacêuticos. A Comissão Europeia deverá iniciar urgentemente uma investigação sobre as causas da escassez e propor soluções que façam face a esta problemática. A EAHP apela à melhoria do intercâmbio de informação entre as autoridades e restantes intervenientes, à partilha das boas práticas e à implementação de estratégias de gestão. Apela ainda que a EMA e a HMA desenvolvam estratégias de comunicação abrangentes.

ATUALIZAÇÃO DA POSIÇÃO DA EAHP RELATIVA AO ENVELHECIMENTO DA SOCIEDADE

As associações membros da EAHP votaram na atualização do posicionamento sobre o envelhecimento da sociedade de forma a promover o envolvimento dos farmacêuticos hospitalares na gestão da polimedicação, avaliação da adequabilidade do medicamento e aumento da adesão à terapêutica pelo idoso. A EAHP apela aos governos nacionais e gestores dos sistemas de saúde que reconheçam os farmacêuticos hospitalares, investindo na reconciliação e otimização da terapêutica em todas as unidades de saúde como a chave para fazer face ao aumento da polimedicação. Apela também ao reforço da comunicação, coordenação e desenvolvimento multidisciplinar e apoia a inovação regulamentar para aumentar a participação de idosos em ensaios clínicos. Incita ainda os governos e a UE a investir em educação, mobilidade e partilha de boas práticas.